Sem se preparar com um slide bem feito e nenhuma piada na manga, entrei na sala cheia de pré-adolescentes do ensino fundamental. O que iria me tanger eram doze perguntas que foram divididas na plateia. Enquanto o pote com as pergunta passava pelos alunos, Neiziane soltou "pode ir falando aí", ri por dentro e pensei "me ferrei".
Logo depois pedi que começasse as perguntas, mesmo não praticando muito, tenho uma facilidade de falar em público e sempre lido como se fossem conhecidos, colegas.
Como comecei? Qual foram as dificuldades? Qual eram nossos objetivos? Valeu a pena? Respondi tudo sem muita frescura e toda vez que percebia uma distração na plateia atenta, pedia outra pergunta. Me empolguei e falei demais, talvez tenha tocado em assuntos um pouco complexos pra pessoas que não podem nem votar ainda, mesmo tentando ser o mais didático possível.
Terminou e mais uma vez senti aquilo que sempre, eu disse sempre sinto quando estou no palco, como se aquele fosse o meu lugar. É uma felicidade que não tem tamanho. Foi assim toda vez que fiz uma peça ou apresentava um seminário na faculdade.
E, deixando toda humilde de lado, acredito que sei ler a plateia, sei quando estou falando muito sobre um tema e se perderam na minha explicação.
Espero que o Portal São Sebastião tenha uma vida longa e, assim como eu, esses pequenos produtores possam abrir a mente para o que significa jogar um olhar sobre o mundo e depois contar o que viu para os outros da melhor maneira possível.
"Qual seu tipo de texto favorito?" dizia uma das pergunta. Lá a resposta foi longa. Mas agora, posso dizer que é esse tipo que estão lendo, como uma aventura, cheia de emoção e com lágrimas no final.
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