Escutei a Marina Silva dizer que no momento que a classe política se tornou uma classe deixou de ser legitima sua representação da população. Concordo plenamente com a Ex-senadora por mais que tenhamos bons políticos, fica claro que o sistema está sendo usado para a perpetuação do poder, entre um esquema e outro, se for possível, dão conta dos problemas da sociedade.
Avaliando as manifestações e todo o contesto, Dilma acertou, colocou fogo na lenha e jogou todos nessa fogueira.
A precipitação de Dilma
Os protestos endossaram a possibilidade de a presidente propor um plebiscito e uma assembleia constituinte sobre a reforma política. Só que 24 horas depois a decisão é revogada, ficando só a ideia do plebiscito, que nada mais é do que perguntas que serão feitas aos eleitores sobre como deve ser o sistema das eleições e o financiamento. A possibilidade de reforma política vem a muito tempo sendo debatida e o congresso falhou em realizar, evidentemente por se tratar de políticos acostumados com o sistema que o elegeram. Dilma usa o poder das ruas para ter mais força de fazer mudanças, mas se atropela quando não consegue ter força política para tomar decisões mais claras, e não imediatistas como aconteceu em seus pronunciamentos. Dizer publicamente que corrupção vai ser crime hediondo é algo inimaginável até duas semanas atrás, o gigante que vinha há um bom tempo hibernando, empurrou o Brasil para frente.
Agora outra luta será feita. A oposição e situação vão ter que parar de se digladiar e montar uma agenda para o Brasil. Não importa quem vai ganhar as eleições ano que vem. Devemos, pelo menos por enquanto, deixar as questões partidárias de lado e entrar no debate para uma nova política.
Algumas instituições estão tentando fazer essa mudança através de Lei de Iniciativa Popular, igual ao processo da Lei da Ficha Limpa. A ideia do Eleições Limpas é atacar o atual sistema eleitoral e seu financiamento. Confira algumas propostas:
1. Retira as empresas do financiamento de campanhas;
2. Menos candidatos e mais propostas;
3. Mais liberdade de expressão na internet. O projeto prevê que seja livre a manifestação de apoio a candidatos na internet.
4. Nas eleições proporcionais (deputados e vereadores) será obedecido o sistema de votação em
dois turnos; No primeiro turno de votação, os eleitores votarão em favor de siglas representativas dos partidos ou coligações partidárias. O partido apresentará no segundo turno candidatos em número
correspondente ao dobro das vagas obtidas, respeitada a ordem da lista registrada para a disputa. Serão considerados eleitos os candidatos mais votados no segundo turno.
5. Nas coligações o dinheiro a ser gasto e o tempo de TV vai ser do maior partido. Essa medida deve dificultar a vida dos partidos de aluguel e as coligações sem sentido.
Algumas entidades que apoiam essa iniciativa:
O INFORME GERAÇÃO APOIA ESSA IDEIA
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